Reinaldo pede a Marquinhos “reflexão” sobre renúncia

Governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja, do PSDB, disse que o eventual confronto eleitoral entre seu candidato, o secretário de Estado de Infraestrutura, Eduardo Riedel e o prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad, do PSD, em 2022, torna os dois “adversários, não inimigos”.

Contudo, Azambuja deixou a entender que enxerga a administração pública de maneira bem distinta ao que pensa o prefeito.

E ainda aconselhou Marquinhos a ter uma certa prudência política na hora de definir se quer ou não concorrer ao governo estadual.

E a repensar a opinião que tem sobre ex-mandatários que chefiaram o Estado, como José Orcírio dos Santos, o Zeca do PT, André Puccinelli, do MDB e ele próprio, Reinaldo Azambuja, que deixa o governo em dezembro do ano que vem.

Azambuja parece ter visto com desagrado a recente declaração do prefeito, que disse que “ao menos por enquanto” quer distância de alianças políticas para as eleições do ano que vem com os ex-governadores Zeca do PT, Puccinelli e o governador Azambuja.

“A gente faz política com quem gosta da gente”, afirmou Azambuja, que, ao invés de negar-lhes alianças, engrandeceu os ex-governadores.

“Não tive problemas com Zeca, que construiu uma política social, me ajudou em questão indígenas e em assentamentos.

O Puccinelli fez bons governos, fez um bom trabalho nos municípios. Não temos problema nenhum”, afirmou Azambuja sobre Zeca e Puccinelli, dois pré-candidatos ao governo e que seriam, ao menos por enquanto, rivais de Marquinho e Eduardo Riedel.

Depois de tais elogios, Azambuja trocou o assunto político por ações de seu governo. Ele disse que em 2014 e 2018, anos que disputou eleição e reeleição venceu nos primeiros e segundos turno.

Seguiu Azambuja afirmando que as obras que sua gestão toca em Campo Grande, não é para o prefeito e, sim, para a população.

O tucano sustentou ainda que, pela boa votação que recebera na Capital, tem devolvido aos campo-grandenses em forma de obras.

“Tenho a obrigação, como governador, de devolver à população”, disse o mandatário.

Azambuja citou outros três programas seus que, segundo ele, têm beneficiado mais a cidade, por ter mais habitantes, como o Caravana da Saúde, o Energia Social, que zera a conta da luz de famílias carentes e também o programa que libera empréstimos a pequenos empreendedores.

Quanto ao Caravana da Saúde, que atende a população, em mutirões, Azambuja afirmou que gostaria que a prefeitura de Campo Grande tivesse “uma condição fiscal melhor” para contribuir com o programa de saúde, bancado “100% com recursos do governo estadual”.

Tomara que a prefeitura de Campo Grande estivesse numa situação fiscal melhor, para devolver mais para o contribuinte de Campo Grande.

Se ela estivesse numa situação melhor, ela poderia complementar os programas sociais. Se a prefeitura estivesse numa situação fical melhor, eles poderiam ajudar na Caravana da Saúde”, disse Azambuja.

“Não temos de ter ciúmes das coisas”, continuou Azambuja, num trecho da fala, descolada do assunto tratado antes.

PAPO COM MARQUINHOS

Reinaldo Azambuja disse que, sem revelar o local, se na prefeitura ou na sede do governo, na quarta (8), encontrou com o prefeito Marquinhos.

No diálogo, disse Azambuja, ele reafirmou ao prefeito que a “parceria administrativa” estava segura. Depois, os dois falaram sobre a eventual renúncia do prefeito para a disputa do governo em 2022.

O governador reafirmou a Marquinhos o desejo de ver Eduardo Riedel e, segundo ele, tereia sugerido ao prefeito a “pensar bem” sobre a saída ou não da prefeitura, em abril do ano que vem, dois anos e oito meses antes do prazo.

O tucano disse que “vai respeitar a decisão” de Marquinhos em caso de desistência do mandato de preefeito.

“Agora, a decisão da renúncia é pessoal”, disse Azambuja, que forçou o prefeito a uma reflexão: “será a população [que o elegeu prefeito]” entenderia a renúncia.

Em seguida, outra frase de Azambuja: “tem governo que só sabe fazer política, daí arrebenta com as finanças”.

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