A falta de atendimento ambulatorial tem gerado sérias dificuldades para pacientes que necessitam de cirurgias ou transplantes, que não conseguem ser avaliados para a realização dos procedimentos. O Primeira Hora Online destacou, no final de janeiro, a ausência de cardiologista pediátrico, e, segundo o inquérito do MPMS, a situação segue sem mudanças. Em 17 de fevereiro, a suspensão das cirurgias eletivas foi noticiada, o que agrava ainda mais a situação na Santa Casa.
De acordo com as investigações em andamento, as consultas ambulatoriais com urologistas deveriam ter sido retomadas em 10 de fevereiro, conforme indicam os dados do inquérito. Contudo, uma recente reportagem não conseguiu confirmar que as consultas de fato voltaram a acontecer, apontando uma falha contínua na prestação de serviços médicos à população.
Além disso, profissionais da Santa Casa, principalmente aqueles que ocupam cargos de chefia em diferentes setores, relataram à promotoria que a demora na realização das cirurgias está gerando um prolongamento das internações. Esse atraso é provocado pela escassez de materiais e insumos essenciais para a execução dos procedimentos. A falta desses recursos tem dificultado a realização de cirurgias em tempo hábil, o que agrava ainda mais a situação dos pacientes internados.
A situação evidencia a fragilidade do sistema de saúde local e o impacto direto nas vidas dos pacientes que dependem de cirurgias e transplantes para a manutenção da sua saúde. Além disso, a ausência de recursos básicos e a escassez de profissionais especializados têm gerado uma pressão crescente sobre as autoridades e instituições responsáveis. Enquanto o inquérito do MPMS continua em andamento, a população segue aguardando soluções para um problema que se agrava a cada dia.
A situação também levanta questionamentos sobre a gestão dos recursos destinados à saúde pública, especialmente considerando os repasses que, embora estejam em dia, não têm sido suficientes para garantir a operação plena dos serviços médicos essenciais. A falta de materiais e a escassez de profissionais médicos, como o cardiologista pediátrico, são apenas alguns dos exemplos que ilustram as falhas na infraestrutura e na gestão dos serviços hospitalares na cidade.
Facebook Comentários