Março começa com duas mortes suspeitas por chikungunya em Mato Grosso do Sul, ocorridas nos municípios de Mundo Novo e Dois Irmãos do Buriti, conforme dados divulgados hoje (1) no painel de arboviroses do Ministério da Saúde.
Até o momento, não foram registradas vítimas confirmadas da doença no estado. No entanto, a dengue já causou três óbitos este ano: uma moradora de Inocência, outra de Nova Andradina e a última de Três Lagoas. Todas as vítimas eram idosas.
**Crescimento alarmante**
Os casos suspeitos de chikungunya aumentaram drasticamente em relação ao ano anterior. Os números de 2025, até 22 de fevereiro, apontam um aumento de 706% em comparação com o mesmo período de 2024, resultando em sete vezes mais casos suspeitos. Até agora, foram registrados 233 casos confirmados da doença, de acordo com o boletim epidemiológico mais recente da Secretaria Estadual de Saúde.
**Sintomas semelhantes, mas com diferenças**
Ambas as doenças, dengue e chikungunya, são transmitidas pelo mosquito *Aedes aegypti* e apresentam sintomas semelhantes, como febre, dor no corpo e nas articulações, dor de cabeça e, em alguns casos, manchas na pele. No entanto, a infectologista Andyane Tetila, presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia em Mato Grosso do Sul, explica que uma característica importante pode ajudar a diferenciar as duas doenças: a dor nas articulações. “Na chikungunya, a dor nas articulações é muito mais intensa, o que provoca uma grande debilidade para realizar movimentos, como caminhar”, afirma.
A médica ressalta que, apesar das semelhanças nos sintomas, ambas as doenças podem evoluir de forma grave, exigindo atenção redobrada para o monitoramento e prevenção.
Esses números alarmantes reforçam a importância de intensificar as ações de combate ao *Aedes aegypti*, além de alertar a população para os sinais dessas doenças e a necessidade de buscar atendimento médico rapidamente em caso de sintomas.
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