A secretária de Saúde de Campo Grande expressou preocupação com a superlotação dos hospitais da capital, destacando a insuficiência de leitos disponíveis para atender à crescente demanda de pacientes. A situação se agravou recentemente devido ao aumento de casos de doenças respiratórias e politraumatismos, especialmente após o período de Carnaval.
No último domingo, as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) registraram um aumento significativo no número de atendimentos, passando de uma média de 1.500 para mais de 4.000 pacientes. Atualmente, cerca de 195 pacientes aguardam por leitos hospitalares, sendo 30 oriundos do interior do estado e os demais da capital. A secretária ressaltou que todos os hospitais de Campo Grande estão operando em sua capacidade máxima, incluindo a Santa Casa, o Hospital Adventista do Pênfigo e o Hospital Universitário.
Em resposta à superlotação, a Santa Casa de Campo Grande emitiu um ofício solicitando a suspensão do encaminhamento de novos pacientes, devido à situação crítica de lotação no pronto-socorro, que está operando com mais de seis vezes sua capacidade máxima. Imagens divulgadas pela instituição mostram pacientes em macas nos corredores e no saguão, evidenciando a gravidade do cenário.
A Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) está monitorando a situação e buscando alternativas para ampliar a oferta de leitos, visando desafogar as unidades de saúde e garantir atendimento adequado à população. Enquanto isso, a orientação é que os pacientes busquem atendimento nas UPAs e Centros de Regulação de Serviços (CRS) para casos de urgência, contribuindo para a otimização dos recursos disponíveis.
A colaboração da comunidade é fundamental neste momento, seja adotando medidas preventivas para evitar doenças respiratórias, seja utilizando os serviços de saúde de forma consciente, permitindo que os casos mais graves recebam a atenção necessária.